quinta-feira, 28 de abril de 2011

Batendo as botas

No ônibus.

Medrosa: Tenho pavor de morto.

Descrente: Jura?

Medrosa: Sim. Ouvi fulana dizendo que acordou uma noite super assustada e, quando abriu os olhos, viu uma mulher morta deitada do lado dela na cama. Imagina?

Descrente: ...

Mulher 1: Depois disso, só durmo de luz acesa!


Pra quem não se lembra, este é o vídeo do filme O Chamado.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Melhor amigo do homem

O dono chama pela cadelinha. Ela não aparece.
Ele chama mais algumas vezes. Nada.
Uma voz, ao longe, responde.

Moça: Ela tá aqui na sala!
Dono: Ah, tá!
Moça: Você já quer guardar ela?

Guardar? Na gaveta?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Poesia


Estação Vila Madalena - Projeto "Poesia no Metrô"

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Criança grande...

Estava eu em uma banca na Av. Paulista.
Passa uma mulher e grita, com o filho:

Mãe: Você veio, agora você vai!

Ela realmente estava gritando.
De início, achei cômico.
Resolvi, então, segui-los.

Pouco mais a frente, os ouço.

Mãe: Eu vou entrar lá! Lá na sua sala! E você, trate de rezar! Reza pra que todos os teus amigos estejam lá!
Filho: ...

Atravessamos a rua, não consegui ouvir muito bem essa parte da "conversa", porque a mulher passou a falar mais baixo. Acho que ela percebeu que tinha alguém prestando atenção.
No próximo quarteirão, farol verde.

Mãe: Vamos! Corre! Senão o farol vai fechar e a gente não vai passar!

Quando olho para trás, a mulher estava puxando o filho pelo braço. Todos que estavam em volta olhavam. O guri quase caiu no meio da rua.

Mãe: Onde já se viu isso? E o pior é que vou ter que ligar pro teu pai! Mas é assim mesmo. Você não tem amigos, essa é a verdade. Você não tem amigos. Você é esquisito!

E ela foi, puxando os filhos aos trancos e barrancos, até o metrô.
O guri, quieto o tempo todo.

Detalhe: ele não era uma criança. Tinha lá seus quase 20 anos.

Tive vontade de interromper. Tive vontade de falar para aquela mãe que, definitivamente, aquela não era a melhor maneira de educar o filho, que foi humilhado em plena Av. Paulista em horário de pico.
No entanto, depois me lembrei de que sou apenas uma observadora. Apenas uma observadora.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Crenças e descrenças

Odeio sentar na cadeira preferencial. Hoje, eu sentei.
Pouco depois, surgiu uma senhorinha, cedi meu lugar à ela. Faltava apenas uma estação para chegar.

Fiquei em pé, ao lado dela. Coloquei minha mochila no chão.
Senhorinha: Quer que eu segure sua mochila?
Eu: Não, senhora. Muito obrigada. Já vou descer.

Passados alguns segundos, a senhorinha tira uma toalha de dentro da bolsa e a passa nos olhos.
Diz para a amiga:
Senhorinha: Nossa, parece que tem areia nos meus olhos.
Amiga: Você foi ao médico?
Senhorinha: Fui. Ele me deu uns colírios.
Amiga: Não sei como não peguei isso ainda.

Ok. Confesso. Entrei em desespero. Afinal, a última coisa que quero é pegar conjuntivite!
Desci na estação e repeti mentalmente, como um mantra: "não colocar as mãos nos olhos".
Fui até uma pequena galeria de lojas em frente à estação e pedi para usar o banheiro.
A moça me olhou com cara de decepção, afinal, já estava na hora de fechar.
Então, eu disse: "Só quero lavar as mãos, é rápido."
A moça me deixou entrar.

Eu: É que tinha uma mulher com conjuntivite no trem.
Moça: E tu acredita nessas coisas?
Eu: Acredito, ué!
Moça: Ah, eu não acredito nessas "coisa" não. Conjuntivite! Magina, isso num existe!
Eu: Bom, se existe ou não, eu não sei. Mas é melhor prevenir do que remediar.

Eu já vi diferentes crenças sobre muitas coisas (religião, conspiração, governo), mas nunca tinha ouvido falar na descrença pela conjuntivite.


(Não sabe direito o que é e como é transmitida a conjuntivite? Clique aqui)

Sabedoria Popular

Trem.
Moça ao telefone.

- Então, porque assim você estaria trocando o sujo pelo mal lavado. É, não adianta. O que os olhos não "vê", o coração não sente. É, e a vida continua, né? Que atire a primeira pedra...

E viva o povo!

Aqui vão mais alguns:
- Deus ajuda quem cedo madruga.
- Não adianta tirar leite de pedra.
- A pressa é inimiga da perfeição.
- A ocasião faz o ladrão.
- Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
- Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher.
- De grão em grão a galinha enche o papo.
- Há males que vêm para o bem.

Clique aqui para ver muitos outros.

Macetes da Tecnologia

Ônibus.
Homem retira um aparelho simples de celular e o desliga. Tira a tampa da bateria e, é claro, começa a trocar de chip.

Tudo bem. Todo mundo faz isso.
No entanto, eu sempre tive medo de perder os chips guardados. Este homem me deu a solução.

Quando ele tirou a bateria, pude ver três chips embaixo da bateria. Quando ele terminou de fazer a troca, colocou a bateria, por cima dos chips restantes e fechou a tampa.

Uma ótima dica. Viva a malandragem do povo brasileiro!
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Paixão...

de metrô.

Atire a primeira pedra quem nunca teve o que chamamos de "paixão de metrô".

Os olhares se encontram pela primeira vez em uma estação completamente vazia.
Ao longo dos trilhos, um, dois, cinco olhares cruzados.
Até chegar no inferno do Paraíso.
Pessoas, muitas, ficam entre vocês. Não é mais possível se entreolharem.

Você fica se imaginando se a outra pessoa ainda está no mesmo lugar.
Estação Brigadeiro. O aperto diminui, mas o campo de visão continua fechado.
Estação Trianon-Masp. Alívio. Continua no mesmo lugar em que estava.

Você salta na sua estação esperando que ambos saltem juntos.
Decepção.
A porta os separa.

Adoro paixões de metrô.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Compartilhe!

E, se você tem uma história pra contar...
Se você ouviu uma conversa ou presenciou uma situação interessante, engraçada, absurda, entre outros adjetivos...

Manda pra gente!

dialogospaulistanos@gmail.com

É isso aí, amanhã tem mais.

Maria gasolina

O do problema:
- Eu sou baixinho, feio e negro. Claro que não vou arrumar mulher!

O resolvedor:
- Mas você sabe qual é a solução, né?   $$$

O do problema:
- É, amigo, se eu tivesse dinheiro, ia pegar as gatinhas na faculdade.

E a amiga dos dois ainda ri.

Sexualidade e Depravação

Hoje. Avenida Paulista.

Ele: Só porque eles são gays, acham que podem ficar por aí tirando a roupa.
Ela: É, concordo.


É claro que sim. A cada esquina que eu viro, tem um gay nu se exibindo.
Reflexos de nossa querida Parada do Orgulho Gay.

Pra começo de conversa...

...devo dizer que estou aqui não por uma causa nobre.

Inauguro este blog hoje para lhes contar tudo o que ouço por aí.
Primeiramente, devo esclarecer, em partes, minha rotina diária.

Logo cedo encaro um trem lotado da CPTM.
Meia hora depois, faço baldeação para a linha verde do metrô.
Após vinte minutos, linha amarela.
Dez minutos depois, ônibus.

O retorno para a casa após um longo dia de trabalho é praticamente o mesmo, não fosse o horário de funcionamento das estações da linha amarela (em período de testes por tempo indeterminado). Portanto, em meu retorno, passo pela famosa Av. Paulista, onde pego o metrô.

Portanto, tudo o que aqui contarei foi ouvido em algum momento de minha rotina pela grande metrópole brasileira que é a cidade de São Paulo.

Espero que se divirtam e que, muitas vezes, reflitam.
Então, que tal puxar uma cadeira e deixar o papo rolar?
(melhor acompanhado de petiscos e uma loira gelada).